Que há hoje?

Dedicado à pequena e grande aldeia de Amoinha Nova, concelho de Valpaços

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ai o Boural...que saudades!

Há alguns fins de semana, que me sinto uma verdadeira ignorante nas coisas da "terra". Sim, a terra...o pó, os regos, as ervas..sinchos e outras, estas daninhas, que comem o bô alimento  necessário ao crescimento da ranconce, canibeque e outra que agora não interessa, bah.
No tempo do "antes", era meter as manápulas, em pele, que não havia dinheiro pra luvas, nas tais, e era um vê se te avias, a arrancá-las por ali afora até se ver o sol a deitar-se. Hoje, botam-lhe uns pós que elas mirram a olhos vistos e está feita a monda.
Para escolher as batatas, metem umas luvas nas mãos e vão-se a elas num instante....nem digo mais nada, por hoje. Modernices que as mãos apreciam!
- Ó Lidinha, busca tamaninas pra meter no pote daqui a um cibo, que os homes estão pra chigar do Boiral, e traz tb uns guiços pro lume!
O Tó ligou agora a dizer que está a chover na aldeia...
Bem! O Boiral da minha infância era um terreno lindo, todo lavradinho, cheiinho de boas batatas e o pãozinho? Costumava sonhar que voava por cima da ondulante seara e era tão bom! Já deixei de sonhar com esses voos...hoje, gostaria então de ver o Boiral cheio de giestas piorneiras e das outras, tal como pintei nesta tela.
Um dia destes, aqui atrás, eu e a minha irmã Lidinha, fomos "agricultar" pra lá, feitas canalha.
Fizemos esta horta/jardim

2 comentários:

  1. Os chineses dizem que "as folhas voltam sempre às raízes" é o que sinto nestes textos nostálgicos. Mas ainda é cedo para isso, e como dizia o ex-presidente Sampaio, há muito mundo para lá do Bloural.
    Um abraço,
    Nuno Santos

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  2. ahaha que hortinha tao arranjadinha! O texto e pictura ***** como sempre.

    Um beijinho pra a minha bf que e tao talentosa.

    lULA

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