Que há hoje?

Dedicado à pequena e grande aldeia de Amoinha Nova, concelho de Valpaços

quinta-feira, 31 de maio de 2012

quarta-feira, 30 de maio de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

"Aradeiras"


Há alguém aí que saiba identificar estes "coisos"?
Bem! O primeiro depenei-o todo à navalha. Não sei ainda  que vou fazer com os dois.
Uma boa semana para todos os amigos.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A Lidinha andou às flores





Isto já deve nascer com as pessoas! A sensibilidade p'ra coisa!
Vejam que lindas flores ela encontrou !
E depois não se fica por "acaçá-las" para a máquina fotográfica, não mesmo.
Todo  o caneco que encontra,  flores para dentro.
Um dia, em que tinha tempo, às vezes não tenho..pus-me a observar: numa mão estão as flores, com a  outra vai tirando, vergasta a vergasta e coloca-a na jarra...e aquilo fica bonito, mesmo bonito! A cabeça dela dá ordem rápida à mão e num rápido fica o conjunto à maneira.
Recordo sempre nesses momentos a mestria com que a minha tia/madrinha ornamentava os altares da Igreja de S.Miguel em Outeiro Seco. Mas ela media a altura das flores e ia vendo assim de longe o efeito... ficava bem, mas o retirar das flores velhas, não era tarefa fácil. Havia uns malmequeres muito bonitos mas que deixavam um mau cheiro na água...e as jarras eram mto estreitinhas. Já nem preciso de falar na dificuldade deste trabalho, até pq me veio agora esse odor...
Se me dão licença, vou então preparar o caldo p'ro jantar.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

"Água vai!"

Tem esta expressão popular, origem nos usos e costumes dos tempos antigos.
Na ausência de esgotos, as mulheres pela manhã, lançavam pela janela os "líquidos"vertidos durante a noite no tal do penico, vaso de noite, bacio..., movimento acompanhado em alta voz de "aí vai água", de modo a avisar os passantes do lançamento do dito cujo já referido chichi.

Hoje aplicamos a mesma expressão para significar "sem aviso prévio".

Penicos Históricos: Há uma lenda que nos conta a história do Padre Louis Boudaloue, que sendo muito longo nas suas pregações/sermões, complicava a vida das damas...aflitas, não podiam sair pra se irem libertar.

Foi então que algumas se faziam acompanhar dos ditos "vasos", que escondiam debaixo das  suas belas roupas e assim resolviam o problema...eram bacios especiais: a parte dianteira era mais alta, sem risco de errar o alvo.

Ficou conhecido então por Vaso de noite - Bourdaloue, segundo reza a referida lenda.

Sinónimos mais chiques: vasos de noite, vasos sanitários, bacios
Eu, encontrei este, pintei-o e a minha irmã deu-lhe nova utilidade.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Tábua de castanho

No último fim de semana, ao fim da tarde, fui dar uma voltinha pela aldeia.
Desço as escadas e ponho-me sempre a pensar um cibo: pensa depressa, a chuva está ali a espreitar, quem vem da Capela, e debaixo da varanda do Ti Laurindo, uns guiços enrodilham-se na grossa e velha trava de granito. Vem aí vento e mais chuva!
Meti pela esquerda ó descer as escadas, as minhas socas batem alguns passos e viro à direita, ali no palheiro do Heitor.
_Nada está igual! Nas paredes nasceram mais casarelhos! Bonitos! Em criança, fazia caldo com eles, a brincar, claro. Penso na Esperancinha que está lá p'ros Alentejos e virá no Verão, penso no Heitor pq passo rapidamente as "bistas" no carro de bois e na pia do reco, e  desço até ao Berto.
_ Ei...que boas tábuas, tem aqui o Berto! Davam uma boa pintura! De castanho, pinheiro, amieiro? Como vou saber? Gostava de pintar em madeira!
Obrigada ao Berto pela oferta.
Aqui fica o resultado! Cá p'ra mim, está "rigular"!!!

domingo, 6 de maio de 2012

Parabéns Antónia

À amiga e prima Antónia, desejamos tudo de bom.
Mts beijinhos dos primos Norinha, Lidinha e Nando.Aguarda novidades da aldeia...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ai o Boural...que saudades!

Há alguns fins de semana, que me sinto uma verdadeira ignorante nas coisas da "terra". Sim, a terra...o pó, os regos, as ervas..sinchos e outras, estas daninhas, que comem o bô alimento  necessário ao crescimento da ranconce, canibeque e outra que agora não interessa, bah.
No tempo do "antes", era meter as manápulas, em pele, que não havia dinheiro pra luvas, nas tais, e era um vê se te avias, a arrancá-las por ali afora até se ver o sol a deitar-se. Hoje, botam-lhe uns pós que elas mirram a olhos vistos e está feita a monda.
Para escolher as batatas, metem umas luvas nas mãos e vão-se a elas num instante....nem digo mais nada, por hoje. Modernices que as mãos apreciam!
- Ó Lidinha, busca tamaninas pra meter no pote daqui a um cibo, que os homes estão pra chigar do Boiral, e traz tb uns guiços pro lume!
O Tó ligou agora a dizer que está a chover na aldeia...
Bem! O Boiral da minha infância era um terreno lindo, todo lavradinho, cheiinho de boas batatas e o pãozinho? Costumava sonhar que voava por cima da ondulante seara e era tão bom! Já deixei de sonhar com esses voos...hoje, gostaria então de ver o Boiral cheio de giestas piorneiras e das outras, tal como pintei nesta tela.
Um dia destes, aqui atrás, eu e a minha irmã Lidinha, fomos "agricultar" pra lá, feitas canalha.
Fizemos esta horta/jardim