Que há hoje?

Dedicado à pequena e grande aldeia de Amoinha Nova, concelho de Valpaços

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O INVENTOR

"Transporto um fardo de ideias dificil de aguentar
A tarefa era dura
Nimguém me quiz ajudar.

Decano de 92 anos
Continuo a trabucar
São os clientes que gozam dos meus feitos
Que me chamam a continuar
Cansado já com poucas forças
Aguento sem precisar.

Mulheres,esqueci-me delas
Perdi aquele ambiente
Só me sinto bem perto delas
Quando as vejo na minha frente".

Júlio dos Santos Pereira

5 comentários:

  1. Júlio dos Santos pereira,o mais velho inventor de portugal


    Júlio dos Santos Pereira, mais conhecido por Júlio das Malhadeiras, nasceu a 17 de Fevereiro de 1903, em Amoinha-Nova, Valpaços. Oriundo de uma família que para a época era até considerada de “abastada, pois o comer, tal como o trabalho, não faltava”, viveu, com mais nove irmãos, uma infância feliz.

    Foi logo em menino que conquistou o respeito e consideração pelas suas habilidades, na sua aldeia e arredores. Dotado de um espírito criativo nato, que herda do pai, lavrador que “fazia carro, arado ou vasilha que precisasse”, tornou-se célebre com as inovações e ajustes que fez a uma debulhadora de centeio, vulgarmente conhecida por malhadeira. A máquina limpava, pesava e ensacava o centeio. Com a malhadeira participa, em 1952, numa exposição no Salão Internacional de Inventos, na Feira Internacional de Lisboa. Valeu-lhe a medalha de prata, invento que leva também a Bruxelas.

    Assenta em Chaves, depois de casado, lugar onde escolhe educar os seus filhos. Já em 1968 encontramo-lo em Angola, a convite dos filhos. Também em África dá asas ao seu talento inventivo, com engenhos que facilitavam e agilizavam o trabalho árduo e primitivo dos nativos, na apanha do café. Dá-se a revolução de 1974 e regressa a Portugal.

    Não pára de criar. Entre os muitos inventos (mais de duas dúzias de protótipos), certames e concursos que participou, nacionais e internacionais, conhecem-se a Super-luva, para proteger as mãos do apanhador de café, que lhe garante a medalha de prata no Salão Mundial de Invenção de Bruxelas, patenteada em 1981; o Barco-rã; o Espanta-pássaros; a Jangada-jacaré e a Garagem-móvel. São tantos os inventos que já lhes perdeu a conta. Mas é inequívoco o seu contributo para a modernização da agricultura, já que grande parte dos seus trabalhos reflectem bem a sua faceta de agricultor e a vida dura da terra. Tem sete patentes registadas.

    Para comemorar o espírito inventivo do mais idoso dos inventores de Portugal foram organizadas, em 1990, umas jornadas de criatividade, em Chaves, intituladas Flávia Criativa, onde foi precisamente instituído o prémio Júlio dos Santos Pereira e se inaugura uma rua, na Zona Industrial, com o seu nome.

    Aos 86 anos trabalhava ainda, como confessou, “na ideia da sua vida”, a Gira-nora, aparelho que se destina a obter quantidades de energia eléctrica consideráveis com vulgares recursos de água, A Gira-nora conquista o segundo lugar do concurso de Invenção e Inovação para a Poupança e Energia.

    Morre a 9 de Outubro de 2003. Até aos seus cem anos mantém-se sempre criativo e sonhador, a quem também não faltou a veia poética.

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  2. De 28 de Maio a 5 de Junho realizou-se em Chaves, a 3ª edição das jornadas Flávia Criativa – Salão de Inventores Júlio dos Santos Pereira.

    Do programa provisório fez parte, uma Missa em Memória e Conferências alusivas à criatividade. Treze anos depois, juntam-se de novo as instituições que iniciaram o projecto FLAVIA CRIATIVA: Escola Profissional de Chaves, Associação Portuguesa de Criatividade e Câmara Municipal de Chaves, para organizar e patrocinar este evento.

    A 3ª edição apresentou-se este ano como um certame ibérico. Pedro Corbacho Pereira da Fundación Fexdega, director do certame Imaginaria em Villa Garcia de Arousa, Espanha, foi o garante da presença espanhola.

    Estiveram presentes inventores e conferencistas dos dois lados da fronteira, que transformaram Chaves num centro de criatividade. Uma oportunidade única não só para o público admirar in loco as engenhocas dos inventores, mas também para os próprios criativos dos dois países poderem trocar experiências.

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  3. A adesão e sucesso da iniciativa dumas jornadas dedicadas à criatividade levaram a EPC, em pareceria com a APC, a promover a segunda edição da “Flávia Criativa”, em 1992, de 7 a 28 de Março, no Cine-Teatro de Chaves.

    Na continuidade das primeiras jornadas, organizaram-se exposições com trabalhos de inventores portugueses, alguns premiados nos salões de Bruxelas e Genebra. Júlio dos Santos Pereira também participa, a quem se junta outro flaviense, António Lage. Aproximando a Escola Profissional desta iniciativa, esta edição inova com a promoção de uma Exposição/Feira e uma Exposição/Concurso de Material de Publicidade, com a finalidade de dinamizar o processo ensino-aprendizagem, apelando ao envolvimento de alunos e professores.

    O programa da “Flávia Criativa” encerrava com um painel sobre Merchandising e Publicidade, dirigido aos empresários locais, chamando à escola a comunidade civil. Com uma cobertura, pela comunicação social, muito positiva, a “Flávia Criativa” tornou-se numa iniciativa sem precedentes, em chaves

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  4. Boa noite amigo Geno!

    Família Moreiras agradece reconhecida tua homenagem ao nosso tio Inventor.
    Obrigada
    Família Moreiras

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  5. boa noite leonor para ti e para toda a familia moreiras,que passem um bom fim de semana.
    xau de WORCESTER........GENO

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