Que há hoje?
Dedicado à pequena e grande aldeia de Amoinha Nova, concelho de Valpaços
segunda-feira, 28 de julho de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
A velhinha " Escola do Povo"
Se esta imagem falasse, contaria muitas histórias.
Começando pela sua construção, pois foi pelas mãos do nosso Povo, que deitaram mãos às pedras e a ergueram. Foi pelos anos trinta que os de Amoinha, os Homens grandes, pensaram na Educação dos seus filhos. Eles que tinham aprendido a fazer as contas e a juntar as letras nas tardes frias de Inverno, com o "sapateiro" (não sabemos de quem se trata, mas sempre o ouvimos), debaixo de uma qualquer varanda, sabemos lá. Outros terão aprendido na Escola de Adães, construída por um benemérito emigrante brasileiro, que em 1908 (data a confirmar), decide e bem que os seus conterrâneos necessitam do b-a-bá. Trata-se de Joaquim Rodrigues da Costa, que com 13 anos, viajou para o Brasil em 12/ 08/1873 e voltou para cumprir a nobre missão de ajudar a "educar" o seu povo.
Não sei se será o caso de meu pai, nascido em 1912 e de meus tios, quem sabe...também meu tio António, o Combatente. O seu neto Gil deve-o saber, penso eu bah.
Pela boca do conterrâneo Flávio Constantino, que "as sabe todinhas", foi nesta escolinha do Povo, que ele próprio aprendeu, juntamente com os seus 26 amigos, cuja mestra era a Dª Cindinha de Serapicos. Havia uma salinha pequena, com lareira, que a canalha acendia com brasas trazidas à vez, de cada casa, nos rigorosos Invernos do antigamente.
Mas...a miudagem nascia...e ...então, mais acima desta, o Estado mandou construir uma outra, maior, hoje, está visto amigo Nuno, desactivada pelos motivos que descreveste em comentário.
A velhinha escola, ficou ali a ver a canalha a passar...triste, porque já não ouvia as brincadeiras naquela eira tão bonita, nem estremecia quando a palmatória trabalhava...
O Tó Batista, também conta muitas vezes aquele episódio em que a Mestra lhe pede que ajeite uma régua bem boa, por aqueles montes, e ele todo contente, cumpriu direitinho a tarefa, e foi o primeiro a estriá-la...
DªMarquinhas Alves veio para Amoinha, à procura de lugar pra morar e trabalhar. Compra este edifício por 200 contos ao Povo em 1974 e instala-se aqui.
Neste momento encontra-se fechada, pois que a sua doce proprietária, se encontra doente.
Começando pela sua construção, pois foi pelas mãos do nosso Povo, que deitaram mãos às pedras e a ergueram. Foi pelos anos trinta que os de Amoinha, os Homens grandes, pensaram na Educação dos seus filhos. Eles que tinham aprendido a fazer as contas e a juntar as letras nas tardes frias de Inverno, com o "sapateiro" (não sabemos de quem se trata, mas sempre o ouvimos), debaixo de uma qualquer varanda, sabemos lá. Outros terão aprendido na Escola de Adães, construída por um benemérito emigrante brasileiro, que em 1908 (data a confirmar), decide e bem que os seus conterrâneos necessitam do b-a-bá. Trata-se de Joaquim Rodrigues da Costa, que com 13 anos, viajou para o Brasil em 12/ 08/1873 e voltou para cumprir a nobre missão de ajudar a "educar" o seu povo.
Não sei se será o caso de meu pai, nascido em 1912 e de meus tios, quem sabe...também meu tio António, o Combatente. O seu neto Gil deve-o saber, penso eu bah.
Pela boca do conterrâneo Flávio Constantino, que "as sabe todinhas", foi nesta escolinha do Povo, que ele próprio aprendeu, juntamente com os seus 26 amigos, cuja mestra era a Dª Cindinha de Serapicos. Havia uma salinha pequena, com lareira, que a canalha acendia com brasas trazidas à vez, de cada casa, nos rigorosos Invernos do antigamente.
Mas...a miudagem nascia...e ...então, mais acima desta, o Estado mandou construir uma outra, maior, hoje, está visto amigo Nuno, desactivada pelos motivos que descreveste em comentário.
A velhinha escola, ficou ali a ver a canalha a passar...triste, porque já não ouvia as brincadeiras naquela eira tão bonita, nem estremecia quando a palmatória trabalhava...
O Tó Batista, também conta muitas vezes aquele episódio em que a Mestra lhe pede que ajeite uma régua bem boa, por aqueles montes, e ele todo contente, cumpriu direitinho a tarefa, e foi o primeiro a estriá-la...
DªMarquinhas Alves veio para Amoinha, à procura de lugar pra morar e trabalhar. Compra este edifício por 200 contos ao Povo em 1974 e instala-se aqui.
Neste momento encontra-se fechada, pois que a sua doce proprietária, se encontra doente.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Bodas de ouro na Amoinha - Armanda/ António Morais
Completam-se 50 anos de uma vida para este bonito casal e vamos todos celebrá-la.
Vão renovar os votos feitos no dia do seu casamento, na Capelinha de Santo Antão, em Amoinha Nova, uma celebração do Sr.Padre Ivo, pelas 12.30, no próximo Sábado, dia 26.
Fizeram em conjunto um percurso de dificuldades mesclado de alegrias, nos tempos idos, hoje de muito bem com a vida, os filhos desaninhados e os netos felizes. Uma família bonita!
Recordo só um episódio que mostra bem a cumplicidade entre ambos:
O Sr.António, há uns bons pares de anos, procurou em França o seu cibo maior para melhorar as condições de vida dos seus filhos. Trabalhava de noite e descansava alguma coisita, de dia.
A sua mulher, dava continuidade aos trabalhos agrícolas entremeando a sua vida ,(na aldeia), atendendo os clientes numa pequena taberna, onde havia de tudo... era seu costume brindar seu marido com uns folarzitos, que apareciam em França, numa carrinha. Era o presente de Armanda para seu marido, para que ele apreciasse as coisas boas da sua terrinha, amassado pelas mãos de sua esposa.
- É mais um presente de sua mulher! - anunciava o motorista da carrinha, à chegada à habitação de António, lá p'ros lados de França.
Mas...certo dia, Armanda decidiu visitá-lo mesmo e lá foi.
_ António, tem aqui mais um presente, venha cá ver à carrinha. - anuncia mais uma vez, o motorista amigo.
_ Oh homem, traga lá o folar que eu trabalhei toda a noite!- pede António.
António, que tinha acabado de se deitar, saiu estremunhado da cama e nem queria acreditar quando viu a sua esposa, ali tão pertinho dele.
Desejamos que a vida lhes faça nascer mais alegrias e cumplicidades durante muitos mais anos e com muita saúde.
(Aguardamos que a sua filha nos envie fotografia do casal.)
Vão renovar os votos feitos no dia do seu casamento, na Capelinha de Santo Antão, em Amoinha Nova, uma celebração do Sr.Padre Ivo, pelas 12.30, no próximo Sábado, dia 26.
Fizeram em conjunto um percurso de dificuldades mesclado de alegrias, nos tempos idos, hoje de muito bem com a vida, os filhos desaninhados e os netos felizes. Uma família bonita!
Recordo só um episódio que mostra bem a cumplicidade entre ambos:
O Sr.António, há uns bons pares de anos, procurou em França o seu cibo maior para melhorar as condições de vida dos seus filhos. Trabalhava de noite e descansava alguma coisita, de dia.
A sua mulher, dava continuidade aos trabalhos agrícolas entremeando a sua vida ,(na aldeia), atendendo os clientes numa pequena taberna, onde havia de tudo... era seu costume brindar seu marido com uns folarzitos, que apareciam em França, numa carrinha. Era o presente de Armanda para seu marido, para que ele apreciasse as coisas boas da sua terrinha, amassado pelas mãos de sua esposa.
- É mais um presente de sua mulher! - anunciava o motorista da carrinha, à chegada à habitação de António, lá p'ros lados de França.
Mas...certo dia, Armanda decidiu visitá-lo mesmo e lá foi.
_ António, tem aqui mais um presente, venha cá ver à carrinha. - anuncia mais uma vez, o motorista amigo.
_ Oh homem, traga lá o folar que eu trabalhei toda a noite!- pede António.
António, que tinha acabado de se deitar, saiu estremunhado da cama e nem queria acreditar quando viu a sua esposa, ali tão pertinho dele.
Desejamos que a vida lhes faça nascer mais alegrias e cumplicidades durante muitos mais anos e com muita saúde.
(Aguardamos que a sua filha nos envie fotografia do casal.)
terça-feira, 15 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Telhados d' Amoinha
Uns ...melhor dizendo...quase todos, são velhos, no sentido de que têm muitos anos e daí, poderiam contar a sua história... Protegeram dos ventos, chuva e neve, das fortes e violentas antigas tempestades, muita canalha. Muita canalha que havia na aldeia! Hoje apenas dois miúdos residentes. Cobriram feno, palha, lenha e os animais. E todas as coisas velhas, alfaias agrícolas...e as avezinhas também ali, no meio das telhas, encontravam o seu refúgio.
Bom fim de semana para todos!
quarta-feira, 9 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
Faleceu o Amigo de Outeiro Seco
A magia da vizinhança
Era eu muito pequena, quando conheci um senhor. que ao longo dos dias e anos, me fui apercebendo tratar-se de uma pessoa muito especial.
Tinha duas filhas, a mais nova das quais esperou um dia para nascer depois de mim. Era com ela que eu passava os momentos de brincadeiras possíveis e permitidos, ali no quintal denominado de "carneiro", no Bairro do Penedo. Parece que havia uma rocha por baixo daquelas casas todas, que "nascia" precisamente na adega deste senhor e aí estará a origem dessa designação. O Penedo! Havia mais canalha, mas eram rapazes e...brinca-se com meninas - era-me dito.
Oh! Como nós inventávamos brincadeiras! Sempre as duas! Recordo-me de baptizarmos as duas bonequinhas iguais que a Dª Rosalina nos tinha trazido do São Caetano, fizemos comida e tudo. Olha, as bágoas rolam pela minha cara e impedem-me de partilhar outros momentos deliciosos da minha infância que os sóis todos já fizeram muitos ocasos e nasceres.
E ele passava por ali e deitava o olho...mas também íamos pra cozinha dele. Foi lá que eu aprendi a gostar dos pimentos no vinagre...
Como eu adorava partilhar estas vivências boas, agorinha com o meu Amigo! No Penedo, na Calheia, ou sei lá...em qualquer lugar!
Mais tarde, falávamos por esses lugares lindos daquela sua e minha aldeia e eu aprendia sempre, cada vez mais. Eu percebia que ele era meu amigo. E quem não gosta de ter um Amigo Grande?
Ah! Agora estou a sorrir! Nem sei se o faça aqui, mas acho que me apetece.
Refiro-me às últimas pegadas que ele deixou no meu coração há 3 ou quatro dias antes de partir.
Visitei-o e encontrei-o muito fraquinho fisicamente, mas sabiamente igual ao que sempre foi.
Aconselhada a não o cansar com as minhas palavras, ele quis partilhar e recordar comigo um dos episódios vividos por ambos lá muito para trás das nossas vidas. Tão bonito esse curto momento !
Ontem, as fofas nuvens envolveram-no com a sua macieza e alvura e levaram-no ao encontro da sua mãezinha e Rosalina. Fica o enorme vazio da sua ausência física, a saudade...mas os seus ensinamentos e exemplo ficam entre nós.
Sr.Zé do Forno, paz à sua alma!
Obrigada por tudo
Era eu muito pequena, quando conheci um senhor. que ao longo dos dias e anos, me fui apercebendo tratar-se de uma pessoa muito especial.
Tinha duas filhas, a mais nova das quais esperou um dia para nascer depois de mim. Era com ela que eu passava os momentos de brincadeiras possíveis e permitidos, ali no quintal denominado de "carneiro", no Bairro do Penedo. Parece que havia uma rocha por baixo daquelas casas todas, que "nascia" precisamente na adega deste senhor e aí estará a origem dessa designação. O Penedo! Havia mais canalha, mas eram rapazes e...brinca-se com meninas - era-me dito.
Oh! Como nós inventávamos brincadeiras! Sempre as duas! Recordo-me de baptizarmos as duas bonequinhas iguais que a Dª Rosalina nos tinha trazido do São Caetano, fizemos comida e tudo. Olha, as bágoas rolam pela minha cara e impedem-me de partilhar outros momentos deliciosos da minha infância que os sóis todos já fizeram muitos ocasos e nasceres.
E ele passava por ali e deitava o olho...mas também íamos pra cozinha dele. Foi lá que eu aprendi a gostar dos pimentos no vinagre...
Como eu adorava partilhar estas vivências boas, agorinha com o meu Amigo! No Penedo, na Calheia, ou sei lá...em qualquer lugar!
Mais tarde, falávamos por esses lugares lindos daquela sua e minha aldeia e eu aprendia sempre, cada vez mais. Eu percebia que ele era meu amigo. E quem não gosta de ter um Amigo Grande?
Ah! Agora estou a sorrir! Nem sei se o faça aqui, mas acho que me apetece.
Refiro-me às últimas pegadas que ele deixou no meu coração há 3 ou quatro dias antes de partir.
Visitei-o e encontrei-o muito fraquinho fisicamente, mas sabiamente igual ao que sempre foi.
Aconselhada a não o cansar com as minhas palavras, ele quis partilhar e recordar comigo um dos episódios vividos por ambos lá muito para trás das nossas vidas. Tão bonito esse curto momento !
Ontem, as fofas nuvens envolveram-no com a sua macieza e alvura e levaram-no ao encontro da sua mãezinha e Rosalina. Fica o enorme vazio da sua ausência física, a saudade...mas os seus ensinamentos e exemplo ficam entre nós.
Sr.Zé do Forno, paz à sua alma!
Obrigada por tudo
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Capela do Santo Antão - Bordados
São várias as senhoras da aldeia que em conjunto se empenham, nos seus momentos de lazer, na confecção de uma nova toalha de altar p'ra nossa Capelinha. Aqui mostramos um dos motivos.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
quinta-feira, 12 de junho de 2014
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