Um galo tinha começado a cantar ali no pátio do Ti Jaime e mais outro, mais abaixo, na Rua de trás, talvez fosse um dos do Berto, não o sabia bem, até porque ainda eu dormitava.
- Mana, estás acordada?- murmurou a minha irmã.- Vamos ver o nascer do Sol?
- É p'ra já! Oupa lá!
Peguei na "rouba imagens", sim, porque constitui crime tirar a pureza à natureza e trazê-las para este cantinho, digo eu, bah.
_ Não! Deixemos o "nosso" sol nascer à sua vontade e vamos tomar um café com folar, aquele que o mano Jorge trouxe ontem.- disse eu, mas muito triste.
Pastilha na mão, chávena na outra, saiam já dois cafés ali pro velhinho escano! (é sempre a mana que desempenha essa tarefa)... assim como outras. A idade é um posto!
Bem! Adiante, que a noite foi curta.
Problema! Capela e túmulos!
Afinal, lado a lado, e nenhuma das duas tinha pregado olho durante aquela longa noite.
Uma explicação: somos demasiado ansiosas!
Gostamos de tudo para ontem e não pode ser assim.
Oh! Esta conversa toda para dizer que as obras na Capela estão no bom andamento, apesar de um pequeno contratempo, e que tudo ficará bonito e principalmente, o nosso Património religioso e cultural recentemente descoberto, será devidamente preservado. Este último ponto de elevada importância. Aos responsáveis pela beneficiação e preservação desta riqueza patrimonial e a sua sensibilidade para estas coisas, os nossos parabéns. Fica a homenagem deste cantinho dos Amoinhenses louvando os seus esforços .
LINDA ESTA IGREJA...
ResponderEliminarÉ QUASE TÃO LINDA COMO A DE OUTEIRO SECO!...
Estou de acordo, mt gira mesmo.
ResponderEliminarUm boa semana pra todos os deste cantinho!
Lula
"Ó sino da minha aldeia"
ResponderEliminarÓ sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som da despedida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Fernando Pessoa, "Cancioneiro"