A aldeiazinha não estava identificada em nenhum mapa e em lugar nenhum, mas estava presente na imaginação daquela senhora, que derreada pelo tempo, ali permanecia sempre que os seus velhinhos e cansados olhinhos se fechavam ao entardecer.
Todos os dias, em que o sol nascia e ofuscava o seu cansado olhar, teimava em sair da sua casinha lá no inacessível monte, onde coabitava com o seu amigo burrinho ruço, para dar as boas-vindas ao astro-sol. Afinal, era a sua cabecinha a imaginar as coisas boas da vida.
Quem é que perde tempo e gosta de se imaginar num local tão tranquilo como aquele? Ali, ela encontrava solução para tudo:
-Anda burrinho, vamos apanhar guiços pra fazer a ceia.
À noite, mandava o burrinho meter as pitas na casota amarela, onde ele também tinha a sua "cama". Sim, e por que razão, os burrinhos não hão-te ter uma cama? Então, as pitas davam à senhora os ovinhos e quando ela sentia vontade de chuchar um ossito, aí vai pita... de cabidela ou simplesmente cozidinha.
Hoje sentiu uma ligeira dor de cabeça e foi dar uma volta ao monte. O ar puro vai fazer-lhe bem.
Não! Horta não precisava... os verdes faziam-lhe mal... mas tomava muito chá de ervas, daquelas que não precisam de rega e nascem sozinhas. Nas traseiras, havia um tanque para ela lavar os trapitos, sim, ela não precisava de roupa nova, era simples em tudo na sua vida... ah, esquecia-me de dizer que também havia duas ovelhinhas, o leite era bem forte e ela aguentava-se bem com ele.
Assim se foram passando os dias. À noite, não via novelas, não. Isso são histórias inventadas. Lia muito, aqueles livros já velhos, mas recheados de histórias bem contadas escritas por quem já se foi...
Um desses dias, estava o sol a brilhar no céu, as pitas cantarolavam, o burrinho zurrava na loja, as ovelhinhas ..como fazem elas, que não me lembro?...não importa! ...
A velhinha acordou na sua casa da cidade, pegou no telemóvel, combinou encontro com as amigas e não se lembrou mais da sua viagem imaginária à casinha na montanha, nem dos seus animaizinhos queridos.
Que pena!!!!
Olá amigos,
ResponderEliminarSe maximizarem a imagem, encontrarão lá os animaizinhos, a menos que estejam a beber nas traseiras da casinha...
abraço a todos e um Ano Novo mto feliz, cheio de alegria e algum dinheirito.
leonor
Bravo amiga Leonor!!!! Bravo!
ResponderEliminarFeliz Ano Novo pra todos os Moreiras
beijinhos
Lula
feliz ano novo para todos saude paz e amor para todos !!
ResponderEliminarUm muito feliz ano de 2012 para todos os elementos da Família Moreiras, com muita saúde, paz e amor.
ResponderEliminarBeijinhos
Albertina
Olá amiga Albertina!
ResponderEliminarPara toda a família Ferrador, os Moreiras desejam tudo de bom para 2012.
Muita saúde e paz!
beijinhos
leonor
Primo António nos States!
ResponderEliminarEstás aqui, primo?
Olha, lá vamos fazer o fogo de fim d'ano na tua eira.
Já viste como fica bem nas fotos a tua casa?
Que saudades temos de ti!
Um dia tens de agarrar um saquito de roupa e voltar à tua aldeia.
Quem fala muito em ti é o Osvaldo e o Flávio Constantino, este quando vem de férias do Luxemburgo.
beijos e um bom Ano de 2012 para ti e família
leonor
Parabéns! Belo texto, parece que os ares do planalto são inspiradores.
ResponderEliminarVamos ver quando resultam em livro.
Cmp.
Nuno
ess é boa ideia a do livro! Ouviste mouca.
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