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Dedicado à pequena e grande aldeia de Amoinha Nova, concelho de Valpaços

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A velhinha " Escola do Povo"

Se esta imagem falasse, contaria muitas histórias.
Começando pela sua construção, pois foi pelas mãos do nosso Povo, que deitaram mãos às pedras e a ergueram. Foi pelos anos trinta que os de Amoinha, os Homens grandes, pensaram na Educação dos seus filhos. Eles que tinham aprendido a fazer as contas e a juntar as letras nas tardes frias de Inverno, com o "sapateiro" (não sabemos de quem se trata, mas sempre o ouvimos), debaixo de uma qualquer varanda, sabemos lá. Outros terão aprendido na Escola de Adães, construída por um benemérito emigrante brasileiro, que em 1908 (data a confirmar), decide e bem que os seus conterrâneos necessitam do b-a-bá. Trata-se de Joaquim Rodrigues da Costa, que com 13 anos, viajou para o Brasil em 12/ 08/1873 e voltou para cumprir a nobre missão de ajudar a "educar" o seu povo.
Não sei se será o caso de meu pai, nascido em 1912 e de meus tios, quem sabe...também meu tio António, o Combatente. O seu neto Gil deve-o saber, penso eu bah.
Pela boca do conterrâneo Flávio Constantino, que "as sabe todinhas", foi nesta escolinha do Povo, que ele próprio aprendeu, juntamente com os seus 26 amigos, cuja mestra era a Dª Cindinha de Serapicos. Havia uma salinha pequena, com lareira, que a canalha acendia com brasas trazidas à vez, de cada casa, nos rigorosos Invernos do antigamente.
Mas...a miudagem nascia...e ...então, mais acima desta, o Estado mandou construir uma outra,  maior, hoje, está visto amigo Nuno, desactivada pelos motivos que descreveste em comentário.
A velhinha escola, ficou ali a ver a canalha a passar...triste, porque já não ouvia as brincadeiras  naquela eira tão bonita, nem estremecia quando a palmatória trabalhava...
O Tó Batista, também conta muitas vezes aquele episódio em que a Mestra lhe pede que ajeite uma régua bem boa, por aqueles montes, e ele todo contente, cumpriu direitinho a tarefa, e foi o primeiro a estriá-la...

DªMarquinhas Alves veio para Amoinha, à procura de lugar pra morar e trabalhar. Compra este edifício por 200 contos ao Povo em 1974 e instala-se aqui.
Neste momento encontra-se fechada, pois que a sua doce proprietária, se encontra doente.

3 comentários:

  1. Era o tempo dos ponteiros mágicos.
    Tão fácil apagar...um sopro mais o cotovêlo e pronto!
    Agora... escrever no papel, sempre foi mais complicado:o tinteiro e a pena e os mata borrões...

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  2. Jogar á macaca, estava na moda... isto p'ás raparigas.
    Já o peão, era coisa de rapazes.
    Brincar ás escondidas, ao rourou..., podia ser para todos.

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  3. Esta escola foi está encerrada por razões naturais, ou seja a falta de crianças. Porém outras têm fechado meramente por razões economicistas, sem terem em consideração razões de conforto das mesmas crianças, nem as de ordem social das populações.
    Cumprimentos,
    Nuno Santos

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