Chão escorrega, rabo que navega

Pois bem, caros leitores,

Quem, em pequeno, nunca escorregou e fez um daqueles buracos nas calças?

A história que vos conto hoje é verídica e está fresca. Não fala de um menino ou menina pequenino que rasgou as calcinhas mas sim de uma graúda que bateu com o corpinho todo e por sorte só ficou amassada.

A história remonta a um wc público, de um shopping qualquer perto de vós, onde pelas novas regras de higiene anti-gripe toda a gente se lembrou que devia lavar as mãozinhas depois de entrar numa zona de guerra como uma casa de banho.

No entanto, lavam as mãos passando-as simplesmente por água e depois, tal qual Hansel e Gretel marcam o seu trilho com pingas de água.

Ora, quem vem distraído na sua vida e feliz por ter realizado as suas necessidade freudianas (algumas delas, pelo menos) sente-se numa nova dimensão ao perceber que o chão de repente desapareceu.

E vai daí, o corpo desliga o cérebro para reduzir o trauma e a criatura cai como um repolho no chão frio e molhado da casa de banho (ainda por cima).

Como se não fosse mau suficiente bater com a tromba ou a traseira no chão, vêm os transeuntes com os seus olhos anafados ver o que se passa. Está uma pessoa no chão, desamparado e num nível claramente inferior com aquelas carantonas a olhar de cima. Ah, tadinha que está mal,...deve ser drogada, ou então está grávida, só pode. E nisto, dali de baixo somos transformados em telenovela.

E, a partir daí, também vos digo, é sempre a piorar!

Atentem sempre ao chão não vos vá ele fugir e, já agora, sequem o raio das mãos, que falta de civismo!

Ah! Não, não fui eu mas doeu-me como se tivesse sido!

Beijinhos e abraços,
Marta Oliveira