quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Naquela casinha...


A aldeiazinha não estava identificada em nenhum mapa e em lugar nenhum, mas estava presente na imaginação daquela senhora, que derreada pelo tempo, ali permanecia sempre que os seus velhinhos e cansados olhinhos se fechavam ao entardecer.
Todos os dias, em que o sol nascia e ofuscava o seu cansado olhar, teimava em sair da sua casinha lá no inacessível monte, onde coabitava com o seu amigo burrinho ruço, para dar as boas-vindas ao astro-sol. Afinal, era a sua cabecinha a imaginar as coisas boas da vida.
Quem é que perde tempo e gosta de se imaginar num local tão tranquilo como aquele? Ali, ela encontrava solução para tudo:
-Anda burrinho, vamos apanhar guiços pra fazer a ceia.
À noite, mandava o burrinho meter as pitas na casota amarela, onde ele também tinha a sua "cama". Sim, e por que razão, os burrinhos não hão-te ter uma cama? Então, as pitas davam à senhora os ovinhos e quando ela sentia vontade de chuchar um ossito, aí vai pita... de cabidela ou simplesmente cozidinha.
Hoje sentiu uma ligeira dor de cabeça e foi dar uma volta ao monte. O ar puro vai fazer-lhe bem.
Não! Horta não precisava... os verdes faziam-lhe mal... mas tomava muito chá de ervas, daquelas que não precisam de rega e nascem sozinhas. Nas traseiras, havia um tanque para ela lavar os trapitos, sim, ela não precisava de roupa nova, era simples em tudo na sua vida... ah, esquecia-me de dizer que também havia duas ovelhinhas, o leite era bem forte e ela aguentava-se bem com ele.
Assim se foram passando os dias. À noite, não via novelas, não. Isso são histórias inventadas. Lia muito, aqueles livros já velhos, mas recheados de histórias bem contadas escritas por quem já se foi...
Um desses dias, estava o sol a brilhar no céu, as pitas cantarolavam, o burrinho zurrava na loja, as ovelhinhas ..como fazem elas, que não me lembro?...não importa! ...
A velhinha acordou na sua casa da cidade, pegou no telemóvel, combinou encontro com as amigas e não se lembrou mais da sua viagem imaginária à casinha na montanha, nem dos seus animaizinhos queridos.
Que pena!!!!

FELIZ 2012


A todos os amigos desejamos um óptimo 2012.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Faleceu a Dª.Adelaide


Faleceu esta madrugada no Hospital de Chaves a DªAdelaide.
Viveu muitos anos na Amoinha na casa da Leninha. O seu funeral realizar-se-á amanhã pelas 14.30 em Tronco, sua terra natal.
Paz à sua alma.

Os "ingroijados"

O pessoal do fogo nunca mais aparecia. Depois do jantar foram pra Amoinha Velha, acho que p'ro Café do Jorge e nada de chegarem para darem início à cerimónia.
Coitados! Que diabo! Passaram a tarde a acarrar lenha, é preciso recordar.
Ainda liguei ao Tó, mas nada...bem! Lá apreceram todos contentes, o Telmo ligou logo a música no seu carro para animar e botaram o fósforo ao monte de lenha.
Ei... não digo mais nada. Vou jantar e dp mostro-vos imagens do evento.

Para família Baptista-Brasil

Visitámos a casa Osvaldo, onde se encontrava a sua irmã, sra. Joana. Aguardavam, ela e a São, mulher do Osvaldo, os rapazes que andavam à lenha p'ro tradicional fogo de Natal. O Tó, o Paulo e Telmo, estes dois, chegados de França. O Osvaldo devia estar a acomodar os vitelos e as vacas.
A São preparava o polvo, as couves e o bacalhau, lá estavam as panelas ao lume.
Oferecemos esta reportagem, primeiro a seus filhos, ausentes na França, mas também ao novo comentarista familiar dos Batistas a viver no Brasil. Nesta época em que comemoramos a festa da família, sabemos da tristeza de não conhecer seus familiares aqui na aldeia. Um dia, quem sabe, e será nosso prazer recebê-los. Abraço pro Brasil e França.




sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal na Amoinha Nova

Da Suíça, da França, do Luxemburgo
Da América, enfim, do mundo inteiro
Regressam cheios de saudade, ao nosso pequeno burgo
Que, nesta altura, é sempre o primeiro.

Trazem prendas, alegria aos seus familiares
Que neles pensam uma vida inteira.
Dias depois, partem, deixam saudades
Passaram mais um NATAL, fizeram mais uma fogueira.
Azevedo

CEIA DE NATAL




Amigos,
Fizemos esta ceia para vós. Esperamos que gostem!
O bacalhau e as batatas estão no pote. Lá fora, na eira do Ti Jaime a rapaziada está em apuros com a lenha. Mais logo deixamos aqui imagens.
Passem uma Noite em paz!
abraço a todos

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Boas Festas para todos os amigos

Amigos,
Ainda não sabemos quem vai aparecer na aldeia para passar o Natal com a família. A todos os que vão viajar vindos dos seus países de acolhimento, desejamos uma boa viagem. Quando chegarem falamos...organizem-se pra fazermos o tradicional fogo de Natal.
Deixamos aqui a imagem da Nossa Senhora da Boa Viagem para vos proteger. Atenção à estrada, à neve, façam intervalo para tomar um cafezinho e descansar um cibo. Quem traz crianças, não esquecer o cinto de segurança. Os que não podem aparecer, deixem aqui as vossas mensagens de Natal, entregá-las-emos aos vossos familiares na aldeia.
Abraço a todos
o blogue

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Padre Albano Tenreiro Dias em Ervões

Nesta quadra que se aproxima em que celebramos a festa da Família recebemos este presente tão carinhoso.
Trata-se de uma fotografia em que vemos o nosso tio Padre, numa celebração de batismo da menina Laidinha em Ervões, com os seus padrinhos, os senhores Mário e Adelaide Machado.
Tinha nesta data, o nosso tio Padre, 68 anos. Foi muito gostosa esta prenda por todos os motivos, mais ainda pq não o conhecemos com esta idade.
O nosso obrigada à menina Laidinha e daqui vão votos de um bom Natal para os moradores de Ervões.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Uma relíquia com cem anos

Nas nossas visitas a Ervões, tivemos o prazer de ver esta verdadeira relíquia. Uma toalha de mesa com cerca de cem anos. Pertence à Dª. Filomena.
Bonita, não?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Esse tal de Nando

Nando, Nandinho
Nando do meu coração
Tio meu preferido,
Não haja disso ilusão.

Amigo e carinhoso,
Da Amoinha, companheiro,
Abre sempre a sua porta,
A janela e o carreiro.

Andou tanto no Petróleo,
Controlava os instrumentos,
No meio de tanta escuridão,
Teve aí os seus momentos.

É um tio bem porreiro,
sempre pronto a m'ajudar,
desde os tempos das bonecas,
até ao tempo do bilhar.

Na paz dos seus passeios,
no barquinho a navegar,
tanto anda pela água,
que guelras pode criar.

Com o bloural nas veias,
Está a aniversariar,
Diz que anda nos vinte,
Mas acho que está a inventar.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sr.José de Ervões


Este foi o presente que recebemos do Sr. José em Ervões. É um martelo, parte- nozes. É feito de um só pedaço de tronco.
Agradecemos aqui tão preciosa peça de artesanato.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Serapicos

De caminho para Ervões, parámos no café Calisto para visitar os amigos Sr.Jurandino e a Dª Clemência.
Mas que ricas couves e nabiças eles têm no seu quintal! O café, muito bom!